Felicidade sem Deus: Um projeto Falido!

   
 
Não tem palavra e conceito mais desgastado hoje do que a tal felicidade, sim, digo a tal porque ninguém mais sabe definir de maneira simples e prática o que é. Infelizmente esse termo é um dos mais citados nos mais diversos contextos, porém de forma solta e sem qualquer compromisso de verdade, sendo vinculada apenas a consumo, experiências, aquisições, e conquistas de confortos materiais de toda natureza, porém hoje nós vamos encarar esse problema e entender como uma coisa boa se torna doentia no processo humano.
     O tema felicidade é tão antigo quanto a nossa vida aqui na terra e ja foi tratado das mais diversas formas na filosofia antiga, nas religiões, e resumidamente sempre esteve ligado a algo positivo, confortável, ligado a sensação de maior bem estar e qualidade de vida. Poucos pensam felicidade admitindo privação, dor, desconforto, angústia, entre outras coisas, ou seja, no conceito mais fácil  e que venceu na história jamais houve associação ou alguma definição que incluisse sofrimento, perda, e frustrações, pelo contrário, ambas as coisas na visão humana são excludentes, ou seja, todos os grandes pensadores tentaram equalizar e conciliar o paradoxo da felicidade e do sofrimento, coisas aparentemente contraditórias. 
     O grande problema hoje de se falar sobre qualquer coisa, é que excluimos a complexidade da vida, desejando falar de temas como esse sem considerar a cruel realidade vivida em nossos dias, sim, nos vendem uma felicidade de papel, que não tem fibra, suor, sangue, e dores. A grande tendência do mundo hoje é a anestesia, queremos soluções sem dor, queremos salário sem trabalho, aposentadoria sem contribuição, queremos lucro sem investimento, e com a felicidade nós esperamos que ela deite e durma conosco e que nos faça esquecer que o dia a dia é duro, que as frustrações aparecerão e nos engolirão, perturbando nosso mundinho, cuja felicidade é um pedido no IFOOD, mas espere um pouco vamos chegar no fim desse texto com uma ideia um pouco melhor sobre isso, NÃO VÁ EMBORA.
    Já vimos que considerar felicidade num mundo sem dor e angústias é você abrir mão da verdade, e quando queremos ser "felizes" sem a verdade, não temos nem uma coisa e nem outra, desde logo podemos concluir que não dá para viver sempre num estágio analgésico todos os dias da nossa vida, e quanto mais fugimos disso mais adoecidos, tristes, depressivos, e fragilizados ficamos. Existe também uma cobrança irreal para "sentir bem" (seja lá o que isso quer dizer), mas creio que todos nós já ouvimos uma famosa frase: "se te faz feliz é o que importa", ou "se te faz feliz não é errado", enfim, propostas de felicidade dissociadas de implicações morais, como se fôssemos bichos e cumpríssemos na felicidade uma necessidade biológica como comer, beber, dormir, e fazer sexo. Podemos concordar que o certo e errado importam na felicidade? Sim? Então temos outro ponto importante: A felicidade, seja ela qual for, terá que envolver ao menos uma mínima noção e perspectiva de moralidade, porém a grande questão é que a parte moral vem de Deus, não aparece espontaneamente, não é um dado genético, não é construido humanamente, mas é atribuido pessoalmente a Deus, sim, chegamos na fonte de toda a felicidade possível nessa terra, sim, felicidade POSSÍVEL, pois nessa caminhada terrena não há nada total e pleno, mas possível. Não existe nenhuma coisa, nenhum bem, ou experiência humana capaz de preencher plenamente a nossa vida aqui a ponto de nos fazer sentir tão plenos, quero dizer que sempre dentro das maiores felicidades estarão presentes dores, medos, angústias, instabilidades e perturbações, todas elas apontam para um ideal que só virá na eternidade.
    Vamos Concluir? Sem Deus não existe construção de certo e errado, pois estas coisas não nos são atribuidas. Sem moral qualquer coisa pode ser felicidade, até mesmo a infelicidade alheia, ou seja, um hedonismo e egoísmo marca bastante essa felicidade moderninha analgésica, mas continuando: Existe felicidade sem dor? esse projeto é anestésico, químico, manipulado na farmácia, fabricado em comprimidos tarja preta, aceito apenas em ideologias políticas fantasiosas que acabam entregando mais loucura ainda. O que é felicidade? É ser quem devemos ser. Quem devemos ser?  Olhemos para Cristo, sim, ele não era infeliz, pelo contrário, ele se alegrava em fazer a vontade do pai, portanto devemos viver a vida de Cristo, viver as angústias, tristezas, e experiências que ele vivenciou. Essa é a felicidade real: Encarar o que Deus tem para min, cumprir uma carreira, seguir a minha trajetória assim como a flexa segue seu alvo projetado pelo arqueiro. Voltemos a Cristo, e vivendo nele poderemos conheceremos o nosso "dever ser".

Que Deus nos ensine a ter felicidade nele. (recomendo refletirmos no sermão do monte)



     

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