Enoque, o homem que andou com Deus.

“Aos 65 anos, Enoque gerou Matusalém. Depois que gerou Matusalém, Enoque andou com Deus 300 anos e gerou filhos e filhas. Viveu ao todo 365 anos. Enoque andou com Deus e já não foi encontrado, pois Deus o havia arrebatado”. Gn 5.21 ao 24.

Quando Deus criou o homem, neste projeto o homem nunca morreria, mas devido à transgressão do mesmo, o homem ficou sujeito a um circulo vicioso, que e interpretado dentro da ciência como ciclo biológico ou mesmo ciclo da vida, onde o individuo nasce, cresce, reproduz e morre etc. E no capitulo 5 de Genesis nos conta a genealogia de 14 gerações onde este circulo se repetiu varias vezes. Mas na 7º geração este ciclo foi quebrado por um homem conhecido como Enoque. Ele não passou pela morte. A morte que assola todo homem, desde os primórdios, mal este que e irremediável a todo individuo. Por mais que se procurem maneiras de se prolongar a vida, por mais que a ciência avance, não há que faça a façanha de não passar por ela. Ela atinge a todos, atinge a branco e o negro, ao rico e ao pobre, ao grande e o pequeno, ao sábio e ao leigo, e única certeza absoluta que ser humano possui. Mas diz-nos a bíblia que 7º gerações se passaram vivendo o ciclo biológico, nasce, cresce reproduz e morre. Mas Enoque não passou pela morte, pois Deus o arrebatou.

V22. Enoque andou com Deus. Vejamos que esse verso e diferente dos demais, pois a palavra “Andou” e diferente de “viveu”. “Há pessoas que vivem debaixo do mesmo teto, Mas não anda no mesmo caminho”. Andar com Deus e mais que uma pratica religiosa. Andar com Deus e mais que um relacionamento e uma aliança. A bíblia fala andara dois no caminho se não estiverem de acordo. Deus vai sua parte vc tem que cumprir a sua. Andar que dizer tomar os mesmos passos de alguém, vai utilizar um recurso da teologia o antroporfismo para descrever aqui nossa intenção. E vc colocar seu pé exatamente onde alguém o colocou, ou seja, Enoque pisava onde Deus pisava. Precisamos pisar onde Deus pisa. Ele deseja que vc ande com Ele ,lado a lado, Ele fez esse convite, Mt 11:28-30: Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso. Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração e vocês encontraram descanso para suas almas. “Pois o meu jugo é suave e o meu fardo e leve”.

Israel na antigüidade, os fazendeiros costumavam treinar bois inexperientes atrelando-os a um experiente com uma trela (jugo de madeira) As correias em torno do animal experiente eram bem apertadas (para puxar o arado) Ele carregava todo o peso. Mas as correias sobre o animal mais jovem eram frouxas, ele caminhava ao lado do boi mais velho, mas seu fardo era leve, neste verso Jesus está dizendo: ”Caminhe ao meu lado. Seremos atrelados juntos, mas eu puxo o peso e carrego o fardo.

E aquele que era experiente, Ele sabe de duas coisas:

1º : Ele sabe o tempo dos passos, não adianta você corre, pois assim arado vira e todo o trabalho em vão. Tem muita gente igual a cavalo selvagem correndo, deixa quem quiser passar, ir embora, mas você acompanha aquele que sabe o tempo do passo, mas a bíblia diz: Ec. 9.11b Nem, todavia a corrida e dos velozes... (o crescimento cristão e continuo e progressivo) Pois o tempo e o acaso afetam a todos. Carrera não e símbolo de maturação ou crescimento, tem gente correndo, mas sem conteúdo e sem mensagem.
2º Ele sabe a direção: Mas a proposta de Jesus não é deixar os ombros e o pescoço de ninguém livre. Ele se propõe a tirar nosso jugo para que a gente consiga carregar o dele. Na verdade, Ele está propondo uma troca: deixe o seu e leve o meu. Talvez alguém se questione: qual é a vantagem de trocar os jugos? A resposta foi dada pelo próprio Jesus: “o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. O que Ele nos propõe também é uma prisão e uma união. Porém, diferente da prisão e união com o pecado e as coisas mundanas, seu jugo nos abençoa. O Senhor está falando de compromisso. Colocar o pescoço sob o jugo d´Ele é render-se ao seu senhorio.

Voltando para Enoque vemos que: Enoque dia-a–dia andava com Deus, ele já não mais existia, logo, pois Enoque havia absorvido caráter de Deus, a um ramo na sociologia que fala que o Homem e produto do meio, ou seja, ela absorve o caráter daqueles que estão ao seu lado, um filosofo francês já dizia: Dize-me quem tu andas e eu te direi quem és. Quem era Enoque? Quais os carácteres daqueles que andam com Deus? . No verso MT 11:29 : 1º manso 2º humilde de coração (do grego húmus: a parte mais fértil do solo).

Ele não mais existia, pois o caráter de Deus estava impregnado na vida de Enoque. Ao contrario do evangelho divulgado na mídia, em que os pregadores usam o evangelho para se promover, mas o evangelho e para promover a gloria de Deus. Pessoas querem seus programas e seus nomes divulgados nas grandes mídias, para se promoverem. Mas vejo em João Batista exatamente ao contrário (João 3). Agora toda mídia de Israel, agora procura a João, os holofotes, as câmeras estão voltadas para João, cada um que queira uma resposta: “Tu és o cristo? Não! Tu és aquele que avinha de vir? Não! Tu és o Elias? Também não! Quem tu és? Para dizemos a aqueles que nos enviaram. João responde: Sou apenas uma voz...

Mas sempre, tem aqueles que querem utilizar a ferramenta da inveja, e logo disse a João: “Olha tem alguém (Jesus), batizando e fazendo mais discípulos que você”, acredito que João nesse momento, olha para aqueles que lhe cercam, vocês querem saber um segredo! O importante e que Ele cresça e que eu diminua.

“O homem pensa no trono, mas Deus pensa no reino”.

Graça e paz de Cristo, Jesus!!!

O mar não estar para peixe.

Texto base: “Viu à beira do lago dois barcos, deixados pelos pescadores, que estavam lavando suas redes. Entrou num dos barcos, que pertencia a Simão, e pediu-lhe que o afastasse da um pouco da praia. Então sentou-se, e no barco ensinava a multidão. Tendo de acabado de falar, disse a Simão: Vá para onde as águas são mais profundas e a todos: Lancem as redes para a pesca. Simão respondeu: Mestre esforçamo-nos a noite inteira e não pegamos nada. Mas, porque és tu quem está falando, vou lançar as redes.” Lucas 5: v2-v3. Introdução: “O mar não está para peixe” expressão que surgiu na metade do século XVI, quando o imperador turco “Omar” conquistava, várias cidades litorâneas, onde a população lhe pagava tributo, com suas pescas. Entretanto não satisfeito com seu tributo, colocava um soldado a sua frente para pronunciar: “Omar não está para peixe”, expressão essa que tomou um sentido conotativo, para dizer que o momento não é oportuno. Agora Simão pescador experiente, está decepcionado, a noite foi em vão, todo seu esforço foi inútil, pois aquele momento não era oportuno, pois o “O mar não está para peixe”. No nosso cotidiano às vezes, estamos vivendo situações semelhantes, jogamos a redes, perseguimos os nossos sonhos, traçamos objetivos e metas, mas nada acontece. Estamos cansados da labuta do dia, pois rede molhada e mais pesada. Não conseguimos prever o sucesso, já dizia Salomão em (EC. 9.11.)...O tempo e o acaso afetam a todos, ou seja, o sucesso e incerto, o homem nunca sabe quando o infortúnio vai bater a sua porta. Mas vejo neste texto duas condições para que o milagre acontece-se, em primeiro lugar, “...estavam lavando suas redes..” , na versão católica: “ estavam consertando suas redes”, estas redes representam os nossos valores éticos e morais. Às vezes as lacunas das redes, isto é, as lacunas da alma estão abertas demais, ou seja, os nossos conceitos então liberais demais em relação à palavra. Deus não derrama vinho novo em odres velhos. (não adianta orar, primeiramente temos que consertar nosso caráter). Temos que reparar as nossas redes, pois lacunas largas não retêm peixes. Segunda condição, Simão compartilhou seu barco, com o mestre, mesmo antes de receber o milagre. Para que o milagre venha acontecer em nossas vidas, temos que aprender a compartilhar. Não espere para abençoar depois que receber o milagre, seja uma benção. (Genesis 12.2c) E você será uma benção... o verbo está no imperativo, é uma ordem de Deus, seja uma benção! . O que nós temos feito para tornamos bênçãos, para aqueles que nos cercam. (Atos 9.36) Havia uma jovem chamada Tabita, Conhecida na cidade de Jope, não era profetiza, nem pregadora, muito menos do ministério da interseção. A sua ferramenta era apenas uma agulha e linha, mas ela era uma benção... , agora Tabita morre (V.39) Todas as viúvas rodearam e choravam mostrando os vestidos o qual ela havia feito... Em outras palavras: “... Essa mulher não pode morrer, ela é uma benção.” O milagre não terminou nela, o milagre de Simão não terminou apenas nele. Deus realiza milagres para que através de nós, para que vidas sejam abençoadas. Que o senhor continue abençoando, em Cristo Jesus!!!!

Carta a um Pastor Pentecostal que Virou Reformado


*Embora a situação e o destinatário dessa carta sejam fictícios, ela se baseia em fatos reais.

Meu caro Fernando,

Fiquei muito feliz em saber que você vem se fortalecendo mais e mais nas doutrinas da Reforma. Lembro-me bem das suas interrogações e de seus conflitos quando você começou a ler Martin Lloyd-Jones, Spurgeon e outros autores reformados e se deparou com a visão reformada de mundo e com as doutrinas da soberania de Deus, da graça absoluta e da nossa profunda depravação. Quantas perguntas e quantas interrogações! Pelo que entendi da sua carta, esse período inicial de conflito interior e de "arrumação" da mente já passou e agora você enfrenta uma outra fase, que é o antagonismo de colegas pastores da sua denominação e de membros da sua igreja para com o novo conteúdo das suas pregações e do seu ensino.

Você me perguntou se temos espaço em nossa igreja para pastores como você, que é pentecostal e que recentemente encontrou as doutrinas reformadas. Estou vendo essa possibilidade com alguns outros colegas pastores, mas eu pessoalmente não creio que a solução seria você sair de sua igreja e passar para uma reformada. Creio que você deveria tentar ficar onde está o máximo de tempo que puder. Os reformadores, como Lutero, a princípio não pretendiam sair da Igreja Católica, mas ficar e reformá-la de dentro para fora. Somente após algum tempo é que ficou claro que isso era impossível. No caso de Lutero, o papa se encarregou de expulsá-lo com a excomunhão. Seu caso é diferente, pois é um absurdo comparar a situação de um reformado dentro da Igreja Católica com a situação de um reformado dentro de uma igreja pentecostal. Portanto, minha sugestão é que você permaneça o máximo que puder, só saia se for obrigado a isso. Deixe-me dar alguns conselhos nessa direção.

1. Mantenha sempre em mente que apesar das diferenças que existem em doutrinas e práticas (nem sempre discutidas de maneira cristã), os reformados no Brasil sempre reconheceram os pentecostais históricos como genuínos irmãos em Cristo. Nós chegamos ao Brasil primeiro. Vocês vieram depois. É verdade que a princípio houve relutância em reconhecê-los como evangélicos por causa da estranheza com as práticas e doutrinas pentecostais, mas apesar delas, eventualmente vieram a ser reconhecidos como irmãos dentro da fraternidade evangélica.

2. Existem muitos pontos de convergência entre os reformados e os pentecostais. Além dos pontos fundamentais contidos, por exemplo, no Credo Apostólico, compartilhamos com eles ainda o apreço pelas Escrituras, o reconhecimento da necessidade de uma vida santa, a busca da glória de Deus, o desejo de um legítimo avivamento espiritual e o zelo pela doutrina. Nesses pontos e em outros, pentecostais e reformados sempre se alinharam contra liberais e libertinos. Tente se concentrar nesses pontos comuns nas suas pregações e no seu ensino.

3. Enquanto permanecer em sua igreja, responda sempre com mansidão e humildade aos que questionarem as "novas doutrinas" que você agora professa. Diga que as doutrinas ensinadas pelos reformados são muito mais antigas que a própria Reforma e que remontam ao ensino de Jesus e dos apóstolos. Elas têm sido adotadas e ensinadas por pastores e pregadores de todos os continentes e de muitas denominações diferentes. Elas serviram de base para o surgimento da democracia, da visão social, das universidades e da ciência moderna, e vêm abençoando a vida de milhões de pessoas ao redor do mundo. Naturalmente, o que vai realmente fazer a diferença em sua resposta é sua habilidade de mostrar biblicamente que você não está abraçando nenhuma heresia ou doutrina nova. Para isso, é necessário que você estude as Escrituras e que se familiarize com sua mensagem, especialmente com as passagens e porções que tratam mais diretamente das doutrinas características da Reforma.

4. Evite dar a falsa impressão de que ser reformado é cantar somente salmos sem instrumentos musicais, não ter corais nem grupos de louvor, proibir as mulheres de orar em público e não levantar as mãos ou bater palmas no culto. Concentre-se nos pontos essenciais, como a soberania de Deus, a sua graça absoluta na salvação de pecadores, a depravação total e a inabilidade do homem voltar-se para Deus por si mesmo, a necessidade de conversão e arrependimento e a centralidade das Escrituras na experiência cristã.

5. Quando chegar ao tema do livre arbítrio, escolha com cuidado as suas palavras. Você sabe que a posição reformada clássica é de que a soberania de Deus e a responsabilidade humana são duas verdades igualmente ensinadas na Bíblia, muito embora não saibamos como elas se reconciliam logicamente. Deixe claro que você em momento algum está anulando a responsabilidade do homem para com as decisões que ele toma, e que, quando ele toma essas decisões, ele as toma porque quer tomá-las. Ele é, portanto, responsável pelo que faz e pelo que escolhe, mesmo que, ao final, o plano de Deus sempre prevalecerá e será realizado. Não tente resolver o mistério dessa equação. Seja humilde o suficiente para dizer que você reconhece o aparente paradoxo dessa posição e que não consegue eliminar nenhum dos seus dois pontos. Mantê-los juntos em permanente tensão é o caminho da Reforma, e um caminho que muitos pentecostais vão entender e apreciar. O que eles receiam é que se acabe por eliminar a responsabilidade do homem e reduzi-lo a um mero autômato. Deixe claro que não é isso que os reformados defendem.

6. Creio que será muito útil você estar familiarizado com as experiências espirituais vividas por John Flavel, Lloyd-Jones, Jonathan Edwards, David Brainerd, George Whitefield e muitos outros reformados. Os reformados e particularmente os puritanos deram grande ênfase à religião experimental, isto é, ao fato de que os cristãos deveriam ter profundas experiências com Deus. Nossos irmãos pentecostais apreciam essa ênfase, pois o surgimento do pentecostalismo, entre outros fatores, foi uma reação contra a frieza e a formalidade de muitas igrejas históricas do início do século XX nos Estados Unidos e Europa.

7. Tente ainda mostrar que as doutrinas da graça, aquelas da Reforma, são as que mais tendem a glorificar a Deus, visto que exaltam a sua soberania e humilham o homem, colocando-o no devido lugar. Todo cristão genuíno tem anseios de dar a glória a Deus e de vê-lo exaltado. Nossos irmãos pentecostais buscam a glória de Deus, e quando entendem que as doutrinas da graça tendem a exaltá-lo mais que outras, passam a ter uma atitude de reflexão e abertura para com elas.

8. Um outro conselho. Pregue a Palavra, exponha as Escrituras com fidelidade. Ao fazer isso, você estará pregando as grandes doutrinas da graça em vez de pregar sobre a Reforma. Evite citar autores reformados o tempo todo. Muitos pregadores reformados estragaram seu ministério porque dão a impressão que conhecem Lutero, Calvino, Spurgeon e os puritanos mais do que o apóstolo Paulo, pela quantidade de vezes que ficam citando autores reformados em seus sermões. Evite clichés evangélicos e reformados. Pregue a Palavra e deixe que seus ouvintes concluam que as doutrinas reformadas são, na realidade, bíblicas.

9. Não estou dizendo que você deve "esconder o jogo" para evitar ser colocado para fora de sua igreja. Faz parte da integridade e da honestidade cristãs assumirmos o que pensamos. Assuma sua posição, mas de forma inteligente e sábia, de forma que muitos entendam a mudança que ocorreu em você. Por outro lado, evite a síndrome de mártir. Eu pessoalmente detesto essa atitude que por vezes alguns reformados adotam quando estão em minoria e estão sofrendo resistência. Se ao final não tiver jeito e você tiver mesmo de sair da sua igreja, saia com dignidade, não saia atirando nem acusando as pessoas.


10. Não veja as perseguições que você tem sofrido dentro de sua igreja como algo pessoal, mas como a reação de irmãos sinceros do outro lado de um conflito que já dura séculos dentro da igreja cristã, que é aquele entre semipelagianos-erasmianos-arminianos, de um lado, e agostinianos-calvinistas-puritanos, de outro. Lembre que em ambos os lados há crentes verdadeiros e sinceros.


Por fim, existem já no Brasil várias igrejas pentecostais-reformadas, pequenas, é verdade, ainda nascentes. Mas, mesmo não sendo pentecostal, profetizo que esse movimento pode crescer muito no Brasil. Muitas igrejas históricas já são pós-reformadas e é muito triste ver o esquecimento das suas heranças e como vai ficando cada vez mais difícil um retorno verdadeiro. Quem sabe os pentecostais não estejam predestinados a avançar bastante a teologia da Reforma no Brasil?

Fique em paz. Um abraço do seu irmão e amigo,

Augustus Nicodemus no Blog Tempora-mores