12 CARACTERÍSTICAS DO NOVO CALVINISMO (Por John Piper)


1— O Novo Calvinismo, em seu comprometimento com a inerrância da Bíblia, abraça as verdades bíblicas por trás dos Cinco Pontos (TULIP), embora tenha, ao mesmo tempo, certa indisposição em usar o acróstico e outro acondicionamento sistemático, juntamente com um comprometimento por vezes moderado com a “expiação limitada”. O foco está na soteriologia calvinista, mas sem excluir a apreciação do escopo mais amplo da visão de Calvino.
2— O Novo Calvinismo abraça a soberania de Deus na salvação e em todos os assuntos da vida e da história, incluindo o mal e o sofrimento.
3— O Novo Calvinismo possui um forte tempero complementarista com uma ênfase no desenvolvimento de homens e mulheres em relacionamentos onde os homens abraçam o chamado para uma liderança robusta, humilde, serva e semelhante a Cristo.
4— O Novo Calvinismo tende a ser um afirmador da cultura em vez de um negador dela, embora resista a algumas posições culturalmente discrepantes, como por exemplo a prática homossexual e o aborto.
5— O Novo Calvinismo admite o lugar essencial da igreja local, é conduzido principalmente por pastores, possui uma propensão vibrante para a plantação de igrejas, produz músicas de adoração amplamente cantadas e exalta a palavra pregada como central à obra de Deus tanto no âmbito local quanto no global.
6— O Novo Calvinismo é ousadamente movido pela missão, abarcando o impacto missional nos males sociais, o evangelístico nos relacionamentos pessoais e o missionário nos povos não-alcançados do mundo.
7— O Novo Calvinismo é interdenominacional, com um forte (“paradoxal”, alguns diriam) elemento batista.
8— O Novo Calvinismo inclui caristmáticos e não-carismáticos.
9— O Novo Calvinismo dá uma prioridade à genuína piedade de veia puritana, com uma ênfase no papel essencial das afeições na vida cristã, ao mesmo tempo estimando a vida do intelecto e admitindo o valor da erudição. Jonathan Edwards seria invocado como um modelo dessa combinação com mais frequência que Calvino – independente de isso fazer justiça a Calvino ou não.
10— O Novo Calvinismo é envolvido de modo vibrante na publicação de livros, e, o que é ainda mais notável, no mundo da internet, com centenas de blogs dinâmicos e ativistas de mídia social, com o Twitter como a forma cada vez mais padrão de indicar coisas (antigas e novas) que são dignas de ser divulgadas e lidas.
11— O Novo Calvinismo é internacional em escopo, multiétnico em expressão e culturalmente diverso. Não há um centro geográfico, racial, cultural ou diretor único. Não há executivos, organização, nem mesmo uma vaga filiação que abrangeria o todo. Ousaria dizer que há desdobramentos desse movimento que nenhum de nós neste salão [Piper está palestrando numa conferência] jamais ouviu falar.
12— O Novo Calvinismo é vigorosamente centrado no evangelho – ou na cruz –, com dúzias de livros nos últimos anos abordando o evangelho de todos os ângulos e aplicando-o a toda a vida, com o empenho de ver a doutrina histórica da justificação produzir o fruto da santificação pessoal e comunitariamente.

Texto parcialmente traduzido do Desiring God ( http://www.desiringgod.org/…/the-new-calvinism-and-the-new-…), por Leonardo Bruno Galdino.

Ignore a ignorância dos evangélicos!

   
            A minha viagem como cristão começou em uma clássica igreja evangélica, aliás eu praticamente fui criado nesses contextos, vivi muitos anos nesse meio e sou grato a Deus por isso, ainda cultivo amigos que ainda vivem lá. Esse texto não tem o fim de desrespeitar as convicções de ninguém, mas afirmar o que vejo e sinto de tudo que tenho infelizmente visto cotidianamente.
     Não curto muito a postura de alguns reformados , ou pessoas que tiveram acesso a um conhecimento melhor, que vivem em busca de "assuntos", caçando heresias, e pregadores que erram para poderem postarem em suas páginas e blogs aquilo, escreverem um "textão analítico" sobre o conteúdo ou coisa do tipo. Eu tive muito essa atitude e agora vejo que é tempo perdido, pois quando alguém não está disposto a aprender devemos dar liberdade a pessoa de viver suas próprias convicções. De minha parte entendi ser melhor sair do meio religioso que eles vivem e congregar uma comunidade que partilha das mesmas convicções que eu.
     Faz tempo que eu publicamente nas minhas intervenções, diálogos, e aulas, não me me digo e nem me identifico como um "evangélico". Pela morfologia da palavra sim, eu sou, mas pelo sentido que esse termo vem levando em conta a média ponderada dos que se identificam assim eu diria que não sou e estou muito distante disso, eu considero uma outra religião ou denominação cristã, como são os católicos, testemunhas de jeová, espíritas, entre outros grupos. Se pegarmos aquilo que os pais da igrejas falaram e fizeram, bem como o modo de vida dos cristãos primitivos, se pegarmos o pensamento reformado, bem como sua eclesiologia, não dá para ver nenhuma similaridade de termos e de conteúdos nas pregações, palestras, e conteúdos disseminados pelos grandes líderes evangélicos. 
    Teológica e eclesiologicamente falando os evangélicos são uma religiosidade híbrida que copia formas judaicas com uma linguagem católica romana, algumas denominações usam elementos e coisas simbólicas vindas das religiões afro, ainda que seus termos e palavras sejam bem parecidos com os termos bíblicos em algumas coisas, mas o sentido daqueles termos foi paganizado, não produzindo assim efeito para a vida e caminhada de qualquer um deles.
    Não desejaria aqui ser exaustivo, pois muitos já conhecem a situação deles muito bem, só gostaria de aconselhar aos que ficam de plantão teológico, buscando debates, que simplesmente vivam suas vidas e ignorar os evangélicos, assim como você ignora outros grupos religiosos. Ajude uma e outras pessoas com dúvidas honestas e perdidas que encontrem pelo caminho, mas não fique se ocupando de mudar o  seu contexto, é muito mais fácil e amigável ir para um contexto de caminhada que se identifique com a fé pura e simples no evangelho, e a partir dali quem sabe ajudar a tantos. Digo isso por que na minha TL do Facebook vejo muita gente ainda se preocupando com malucos, e acho que podemos emprestar a nossa mente a reflexões melhores e mais profundas.


Paulo Gustavo

O whathsupp e a cultura da dependência!

  
  Tivemos pouco mais de 1 dia de bloqueio do app WhatsApp essa semana pela justiça do Brasil, que sempre é pioneira em vergonhas para o mundo, mas não seria esse o foco hoje, mas a falta que todos nós sentimos dessa ferramenta. Fiquei refletindo como nós criamos uma necessidade disso, de maneira a torna-la essencial para nós, de maneira a criar todo uma agenda em torno disso. Fiquei meio aterrorizado de pensar como isso nos atrapalha na caminhada, no impedindo de realmente ter encontros reais, como atrapalha nossa sensibilidade e nos torna mais pragmáticos. 
     Sabe aquela coisa de olhar para a pessoa, de viver um tempo bom na companhia de pessoas especiais? pois é acho que estamos realmente perdendo isso, só não sei o que virá no futuro. Uma outra parte disso é aquela coisa de parar, de desligar um pouco, de silenciar, desacelerar nosso eu.
   Acho que essas coisas estão nos matando muito, nos alienando, estamos nos esquecendo de nós mesmos. To bem chateado com coisas que tenho visto.
     Coloquei um pouco no meu coração de moderar mais essas coisas, que tem ocupado significativa atenção nas nossas vidas cotidianas, ocupado o lugar de pessoas, temos tido com isso quantidade sem qualidade, inchaços sem de fato conteúdo. Não quero minhas futuras gerações, meus filhos ja cresçam se diluindo nessas coisas, quero que vivam mais, tenham contatos e encontros reais e concretos e não só dentro de um ideal ou realidade virtual. Fica o desafio de plantarmos isso na nossa vida e para as próximas gerações.